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The Journal of the Brazilian Society of Cancerology

Axillary synovial sarcoma

Sarcoma sinovial (SS) é um sarcoma de células fusiformes com diferenciação
epitelial variável, classificado como bifásico, monofásico ou variante pouco diferenciada, dependendo da proporção e diferenciação dos componentes epiteliais e fusocelulares. O SS é raro, apresentando incidência anual de 0,5-0,7 por milhão. Possui distribuição semelhante entre os gêneros, podendo ocorrer em qualquer idade, porém afeta mais frequentemente adolescentes ou adultos jovens. Apesar do nome, o SS raramente é intrarticular, sendo que a maioria (70%) dos casos surge nos tecidos moles profundos das extremidades, muitas vezes em sítios justarticulares. O objetivo deste trabalho é relatar raríssimo caso de SS acometendo o cavo axilar de adolescente de 16 anos de idade, tratada mediante ressecção ampla e adjuvância com radioterapia e quimioterapia.

Risco de hemorragia cerebral em pacientes portadores de gliomas cerebrais e anticoagulados

INTRODUÇÃO: a população mundial vem apesentando uma melhora na expectativa de vida e associado a este fato está um aumento na prevalência dos tumores em geral, principalmente os cerebrais. Os pacientes com câncer têm maior possibilidade de eventos trombóticos, mas como existe um receio de anticoagular estes pacientes devido à possibilidade de sangramento maciço intracraniano. […]

Divergências entre diferentes especialidades médicas em relação a aferir a pressão arterial no lado tratado em pacientes com câncer de mama

Introdução: A suposta associação causal entre linfedema e constrição com esfigmomanômetro tem sido base para a contraindicação da medida da pressão arterial em pacientes sob tratamento de câncer de mama.
Fatores complicadores dessa situação são a alta incidência da neoplasia de mama
e a desinformação acerca do tópico, a dizer, ausência de recomendações por parte da Diretriz Brasileira de Hipertensão e American Heart Association. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar divergências entre diferentes especialidades médicas em relação a aferição da pressão arterial no lado tratado em pacientes com câncer de mama.
Métodos: Foi feita uma análise semi-estruturada transversal virtual por meio de uma enquete online, intitulada “Aferição da Pressão Arterial em Pacientes sob Tratamento de Câncer de Mama” com 334 participantes, dentre os quais 206 (61,68%) são mastologistas, 72 (21,56%) cardiologistas e 56 (16,76%) são de outras especialidades Todas as análises foram feitas por meio do Teste Qui Quadrado.
Resultados: A maioria dos mastologistas indica a aferição da pressão arterial, exceto após esvaziamento axilar (p<0.001). Todas as demais especialidades contraindicam o procedimento, tanto após esvaziamento axilar, quanto após mastectomia, biópsia de linfonodo sentinela e radioterapia (p<0.001). Discussão: Dados de estudos observacionais sugerem a não maleficência da aferição da pressão arterial em pacientes sob tratamento de câncer de mama. Sendo assim, conclui-se que os mastologistas possuem maior domínio acerca dos riscos e benefícios da aferição da pressão arterial nesse subgrupo de pacientes.

Eficácia e tolerabilidade de um regime de radiossensibilização de cisplatina 40 mg/m2 semanal modificado para o tratamento radical de carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço localmente avançado com quimioradioterapia: A experiência de um hospital universitário

Background: The objective of this study was to assess the efficacy and tolerability of an alternative weekly 40 mg/m2 cisplatin-based chemoradiotherapy (CRT) for head- and-neck squamous cell carcinoma.
Methods: We conducted a retrospective study from 2007-2020, including 102 pa- tients treated at a national reference institution.
Results: We divided them into the following two groups for the analysis: group A (41 patients) received a total cisplatin dose less than 240 mg/m2, and group B (61 pa- tients) received a cisplatin dose greater than or equal to 240 mg/m2. The mean time to disease recurrence was 45.68 months in group A and 60.22 months in group B (p = 0.958). The estimated overall survival was 150 months in group A and 116.4 months in group B (p = 0.443).
Conclusions: Our group suggests that the 240 mg/m2 cumulative cisplatin weekly schedule could be a better option for CRT than the classic cisplatin regimen.

Tumor-like bone lesions of the upper limbs

Lesões ósseas pseudotumorais (LOP) são condições não neoplásicas que simulam tumores ósseos, por conta dos achados clínicos e da aparência aos exames de imagem. Podem ser confundidas com neoplasias ósseas verdadeiras e eventualmente receber tratamento ortopédico excessivo ou inadequado. Neste artigo, apresentamos as características clínicas e imagiológicas e os aspectos gerais concernentes ao tratamento e prognóstico das LOP mais frequentes nos membros superiores.

Sarcomas de tecidos moles dos membros superiores

Sarcomas de tecidos moles (STM) são tumores heterogêneos que surgem de tecido conjuntivo, articulações, músculo, gordura, nervos periféricos e vasos sanguíneos. Embora possam surgir em qualquer local, cerca de 15% ocorrem nas extremidades superiores. Tumores benignos de tecidos moles são até 100 vezes mais comuns
do que tumores malignos nas extremidades superiores. A raridade dos STM nos membros superiores, combinada à preponderância de lesões benignas, pode resultar em retardo no diagnóstico e complicações no tratamento, gerando a necessidade de ampliar o conhecimento neste âmbito. O objetivo deste artigo é apresentar revisão da literatura pertinente aos STM mais comuns nos membros superiores.

Tratamento de adamantinoma de tíbia através da técnica de congelamento em nitrogênio líquido

Histologicamente maligno composto por estruturas epiteliais e mesenquimais de baixo grau1-2, esse tumor ósseo se assemelha ao ameloblastoma, anteriormente cha- mado de adamantinoma mandibular3, e é originado dos ameloblastos, células precurso- ras do esmalte dentário. A histopatologia do adamantinoma de ossos longos continua obscura, e embora se aceite sua origem epitelial, há quem defenda a natureza vascular da lesão4. Apesar da semelhança com o ameloblatoma, não se estabelece qualquer re- lação entre as duas condições1,5-6. Embora remota, há a discussão sobre a relação com a osteofibrodisplasia de ocorrência cortical exclusiva7-10, por isso o diagnóstico diferencial entre os dois processos deve sempre ser cogitado. Tanto a osteofibrodisplasia, quanto o adamantinoma de ossos longos, apresentam boa evolução pós-operatória1,7.
O adamantinoma de ossos longos é uma rara neoplasia do osso, representando menos de 0,4% dos tumores ósseos malignos. Primeiramente descrito por FISCHER em 1913, o adamantinoma geralmente está localizada na diáfise da tíbia (80%)1., aco- metendo indivíduos na segunda e terceira década de vida, podendo variar ate a quarta década em alguns casos.
Clinicamente apresenta-se com dor, podendo evoluir com deformidade progres- siva e aumento de volume local1-2,11, raramente manifestando-se em crianças e adoles- centes12-13. Pelo seu comportamento indolente e variedade de diagnóstico diferencial, geralmente não é diagnosticado nas fases mais precoces da doença, podendo evoluir com metástase pulmonar e recorrência local.

Carcinoma Epitelial de Ovário: Avaliação da Assistência em um Centro Oncológico Brasileiro

Justificativa e Objetivos: O tratamento do carcinoma epitelial de ovário (CEO) constitui-se num grande desafio, uma vez que seu êxito depende da cirurgia
e tratamento sistêmico de qualidade. O Instituto Hemomed de Oncologia e Hematologia é uma clínica oncológica privada que objetiva proporcionar tratamento humanizado de alta qualidade. Este estudo tem como finalidade avaliar o perfil epidemiológico da população com diagnóstico de CEO atendida e os resultados da assistência prestada.

Telemedicina e oncologia (uma sinopse)

O artigo aborda diversos aspectos estruturais e éticos da telemedicina. A sua consistência esta na aplicação atual de técnicas da comunicação interativas, principalmente por videoconferências e demais formas de informação, para ajudar todos os envolvidos na prática da saúde e da doença. Retrata os desafios e as dificuldades nas aplicações da telemedicina no nosso meio. E por fim, procura estabelecer um portal entre o novo e o antigo nesta área, como uma plataforma de apoio profissional e institucional.

Psico-oncologia e o trabalho do psico-oncologista na assistência ao paciente oncológico

O presente artigo tem como objetivo atualizar sobre a área da psico-oncologia no Brasil, esclarecer a atuação do profissional psico-oncologista no cuidado e assistência ao paciente oncológico e apresentar intervenções e técnicas psicológicas que possibilitam a prevenção e redução do distress, ansiedade e depressão do paciente durante o tratamento oncológico. Para a pesquisa foram utilizadas bases de dados de artigos científicos nacionais e internacionais e livros de referência na área da psico-oncologia.