Introdução: vários exames podem ser utilizados para o diagnóstico, o estadiamento e o acompanhamento do câncer (CA) de mama. Dosar esses marcadores pode impactar diretamente no tratamento escolhido, na verificação de recidiva de doença e de presença de metástases, visto que essa prática pode orientar para um tratamento mais rápido e eficaz.
Método: a pesquisa foi realizada por meio da comparação entre os marcadores tumorais para CA de mama indicados pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) e os exames realizados no Brasil, por meio da tabela SIGTAP do sistema único de saúde (SUS), convênio e particular, bem como da comparação entre as recomendações da Asco e as da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e do Grupo Brasileiro de Estudos de Câncer de Mama (GBECAM).
Resultados: o SUS contempla os exames antígeno carcinoembriônico (CEA), receptores hormonais ER e PR, amplificação e quantificação proteica do HER2, número inferior aos recomendados pela Asco.
Conclusão: nem todos os marcadores indicados pela Asco são mencionados pela SBOC e GBECAM. Nem todos os exames preconizados pela Asco são realizados via SUS, convênio e particular. A realidade do sistema de saúde brasileiro não segue os mesmos processos de triagem diagnóstica, estadiamento e acompanhamento estabelecidos pela Asco.