Introdução: o melanoma vulvar (MV) é um dos tipos raros de tumores malignos de mucosa,
acometendo uma em cada 1.000.000 de mulheres. É o segundo câncer vulvar mais comum, com
incidência após a sexta década de vida. O diagnóstico geralmente ocorre de maneira tardia em virtude
da baixa suspeição clínica e de sintomas inespecíficos. A ressecção cirúrgica é o tratamento mais
indicado atualmente, associada à linfadenectomia radioguiada (pesquisa de linfonodo sentinela).
Relato de caso: descreveu-se o caso de uma paciente de 62 anos de idade, com lesão melanocítica em
vulva, pruriginosa e discrômica, cuja biópsia revelou melanoma vulvar microinvasivo, de subtipo
extensivo superficial. Foi submetida à vulvectomia radical e pesquisa de linfonodo sentinela, com
diagnóstico anatomopatológico de melanoma maligno vulvar de espalhamento superficial.
Conclusão: a raridade da doença e a sintomatologia inespecífica podem explicar o prognóstico ruim da patologia. Nesse cenário, a suspeição clínica e o exame físico minucioso podem contribuir para aumento da sobrevida e cura dessas pacientes.