Objetivo: avaliar o papel do Power Doppler no estudo das lesões mamárias através da análise
de parâmetros objetivos como sinais de fluxo, velocidade máxima sistólica (Vmax), índice de
resistência (RI) e índice de pulsatilidade (PI). Sujeitos e Métodos: estudo foi realizado no
Setor de Diagnóstico e Imagem do Centro de Avaliação em Mastologia (CAM) do Departamento
de Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP, de
dezembro de 2004 a dezembro de 2007. Este estudo é retrospectivo, analítico e observacional.
Resultados: Foram estudadas 613 lesões mamárias, avaliadas por Power Doppler e citologia
aspirativa ou biópsia percutânea. Pelo estudo, 462 lesões não apresentaram vascularização: 340
benignas (26,41%) e 122 malignas (73,59%). Observou-se vascularização em 151 lesões:
98 malignas (64,90%) e 53 benignas (35,10%). As benignas apresentaram média de 1,79
vasos por lesão; Vmax de 15,86cm/s; IP de 0,99 e IR de 0,61. Já as malignas com fluxo
Doppler, observou-se média de 5,6 vasos por lesão; Vmax de 21,0cm/s; IP de 1,45 e IR de
0,74. Pela curva ROC, para predizer malignidade, observou-se sensibilidade e especificidade
respectivos de 64,3% e 73,6% para 1,5 vasos por lesão; 61,3% e 56,6% para Vmax de
16,50 cm/s ; 72,8% e 66,7% para IP de 1,08 e 70,6% e 68,0% para IR de 0,66.
Conclusão: o estudo Power Doppler das lesões mamárias consegue determinar limites que
auxiliam na diferenciação entre lesões benignas e malignas.