The Journal of the Brazilian Society of Cancerology

Divergências entre diferentes especialidades médicas em relação a aferir a pressão arterial no lado tratado em pacientes com câncer de mama

Introdução: A suposta associação causal entre linfedema e constrição com esfigmomanômetro tem sido base para a contraindicação da medida da pressão arterial em pacientes sob tratamento de câncer de mama.
Fatores complicadores dessa situação são a alta incidência da neoplasia de mama
e a desinformação acerca do tópico, a dizer, ausência de recomendações por parte da Diretriz Brasileira de Hipertensão e American Heart Association. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar divergências entre diferentes especialidades médicas em relação a aferição da pressão arterial no lado tratado em pacientes com câncer de mama.
Métodos: Foi feita uma análise semi-estruturada transversal virtual por meio de uma enquete online, intitulada “Aferição da Pressão Arterial em Pacientes sob Tratamento de Câncer de Mama” com 334 participantes, dentre os quais 206 (61,68%) são mastologistas, 72 (21,56%) cardiologistas e 56 (16,76%) são de outras especialidades Todas as análises foram feitas por meio do Teste Qui Quadrado.
Resultados: A maioria dos mastologistas indica a aferição da pressão arterial, exceto após esvaziamento axilar (p<0.001). Todas as demais especialidades contraindicam o procedimento, tanto após esvaziamento axilar, quanto após mastectomia, biópsia de linfonodo sentinela e radioterapia (p<0.001).
Discussão: Dados de estudos observacionais sugerem a não maleficência da aferição da pressão arterial em pacientes sob tratamento de câncer de mama. Sendo assim, conclui-se que os mastologistas possuem maior domínio acerca dos riscos e benefícios da aferição da pressão arterial nesse subgrupo de pacientes.

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