O diagnóstico precoce no melanoma é de fundamental importância para o seu tratamento. Quanto
mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura do paciente. O padrão ouro atual no seu
diagnóstico é o exame anatomopatológico, que é um exame morfológico e interpretativo, e portanto,
subjetivo. Pesquisas atuais procuram um exame que seja em tempo real, não destrutivo e objetivo.
A espectroscopia Raman tem estas características. Através de três trabalhos, sendo dois de mestrado
e um de doutorado, do Programa de Pós Graduação de Cirurgia Plástica da UNIFESP, usando
a espectroscopia Raman, procuramos diferenciar melanoma, nevos pigmentados e pele normal,
como também diferenciar melanoma primário de melanoma metastático. Foram coletadas biópsias
de melanoma, pele normal e nevos, congeladas em nitrogênio líquido, para serem analisadas no
equipamento FT-Raman Spectrometer RFS100 da Bruker ®, no Laboratório de Espectroscopia
da UNIVAP. A análise de cada componente molecular dos tecidos analisados mostra diferentes
espectros, que foram comparados com os espectros de pele normal já padronizados na literatura. A
comparação entre estes diferentes espectros nos possibilitou diferenciar os tecidos analisados.