Objetivo: Identificar casos de risco para desenvolver compressão medular por instabilidade,
através de um sistema de escore, em pacientes com neoplasias malignas da coluna vertebral.
Método: Foram analisados prontuários e exames de imagem de 22 pacientes portadores de
neoplasia maligna vertebral. Ao diagnóstico do acometimento vertebral foi aplicado o escore de
instabilidade da coluna vertebral neoplásica (EICON) e as vértebras acometidas foram classificadas
de acordo com o escore total em estáveis (0 a 6), potencialmente instáveis (7 a12) e
instáveis (13 a 18). Foi feito a correlação entre o grau de instabilidade ao diagnóstico da lesão
vertebral com as funções neurológicas da medula espinhal 90 dias depois ou por ocasião do
óbito. Resultados: Três pacientes apresentavam estabilidade da coluna vertebral e quinze
eram potencialmente instáveis. Deste último grupo, um foi tratado com cirurgia e radioterapia
e dois, com radioterapia. Dezessete evoluíram sem sequelas neurológicas e um continuou com
paraparesia. Nos casos com escore total > 12, os quatro pacientes foram tratados com cirurgia
e ou radioterapia, entretanto, 50% evoluíram com lesão neurológica. Dos 18 doentes com escore
<12, 5,56% apresentaram défice neurológico posterior. Conclusão: Os doentes classificados
como instáveis pelo EICON apresentaram tendência a maior ocorrência de lesão neurológica.