The Journal of the Brazilian Society of Cancerology

Multivisceral resection for treating peritoneal carcinomatosis from colorectal cancer

Independently of the origin, peritonial carcinomatosis is the last event in many types of cancer
that leads invariably to the patient death. Overall prognosis is dismal leading both great
discomfort and personal distress. This disease presentation is very difficult to solve because the
patients generally present in poor clinical stage. Among many types of cancer which comprise
peritoneal cavity, one the most found has been colorectal cancer. Besides peritoneal disease the
patient with colorectal cancer may present invasion of neighboring organs. In this situation, multivisceral
resection should be performed aiming as improvement of the survival time as ameliorate
of the quality of life. This article shows the state-of-the-art of multivisceral resection for treating
peritoneal carcinomatosis in colorectal cancer.

Sarcoma vascular: relato de caso

Objetivou-se com o presente estudo relatar o caso de um paciente que desenvolveu um sarcoma
vascular, um raro tipo de sarcoma de partes moles, que pode se originar a partir dos endotélios
dos vasos linfáticos ou sanguíneos, biologicamente agressivo, com alto potencial metastático
e consequentemente alta mortalidade. Tal entidade clínica é de difícil diagnóstico devido à
relativa raridade e histologia complexa, mesmo para médicos patologistas experientes. Logo,
torna-se necessário o conhecimento destes casos para que se determine uma padronização do
tratamento e uma maior acurácia diagnóstica.

As bases estratégicas para o ensino e aprendizagem sobre o câncer na graduação em medicina: uma proposta interdisciplinar

O Câncer é um desafio e um problema de saúde pública. Assim, as premissas desta proposta para
o ensino e aprendizado sobre o câncer na graduação em medicina defendem a integração entre a
teoria e a prática, pesquisa e ensino, nos conteúdos biológicos, psicológicos, sociais e ambientais.
Além disso, o programa propõe estimular os alunos na construção do seu conhecimento, com ênfase
numa concepção ampliada de saúde, que sinalize um novo pacto entre as escolas e a sociedade que
as legitima.

Novos fármacos com alvo molecular específico em oncologia

Atualmente, o câncer é uma das enfermidades mais temidas em todo o mundo, sendo classificado
como a segunda maior causa de morte por doença. Observa-se ainda que tanto a quimioterapia,
quanto a radioterapia são muito citotóxicas e, por isso, cada vez mais busca-se alvos moleculares
e o desenvolvimento de novas moléculas com a capacidade de atingir a célula tumoral em detrimento
das células normais. Objetiva-se, portanto, moléculas mais eficazes e com menos efeitos
colaterais, maior adesão do paciente ao tratamento e sua melhor qualidade de vida. Destaca-se
como alvo molecular principal estudado no dias atuais a família do EGFR (Receptor do fator de
crescimento epidérmico), pois a mesma controla o crescimento, a diferenciação e morte celulares.
Nessa revisão abordamos as bases moleculares do câncer e os inibidores da família EGFR, assim
como seu potencial de reverter a resistência tumoral. Inclui-se nesta classe de novas drogas com
alvo molecular específico, os Inibidores de Tirosino Kinase (TKI) da família EGFR Gefitinibe,
Erlotibe e lapatinibe. Outra classe de moléculas que descreveremos são os anticorpos monoclonais
cetuximabe e trastuzumabe, que têm como alvo o EGFR e HER2 (este último outro importante
membro da família de receptores do EGF).

Impacto da dissecção Ilioinguinal na sobrevida de pacientes com melanoma cutâneo

Objetivo: A proposta deste estudo foi analisar se a linfadenectomia inguinal e ilíaca melhora
a sobrevida dos pacientes com melanoma cutâneo. Métodos: 130 pacientes com linfonodo
inguinal metastático clinicamente evidente ou com indicação de linfadenectomia eletiva ou
ainda com linfonodo sentinela metastático foram selecionados. Os prontuários médicos foram
revisados e obtidos os seguintes dados: idade, sexo, data da cirurgia, espessura de Breslow do
melanoma primário; data da linfadenectomia inguinal, número de linfonodos histologicamente
acometidos na pelve e região inguinal. O intervalo livre de doença e a sobrevida foram calculados.
Resultados: 55 mulheres e 75 homens, com média de idade de 51,7 anos variando
entre 13 e 83 anos com linfonodos metastáticos. A média do tempo de seguimento entre a
linfadenectomia e a última revisão do paciente foi de 34 meses (entre, 0,16-201,36 meses).
A média de sobrevida de todos 130 pacientes foi de 102 meses. A sobrevida em 5 anos foi
48,6% e o intervalo livre de doença foi de 35,7%. Dos pacientes com linfonodo acometido,
quarenta e oito (45,3%) evoluíram para óbito; evolução semelhante para cinco (20,8%)
daqueles com linfonodos negativos. Ao final do estudo, trinta e oito pacientes (29,2%) estavam
vivos e livres de doença, vinte e seis (20,0%) apresentaram recorrência tumoral, em
cinquenta e três (40,7%) a doença levou ao óbito, quatro (3,0%) faleceram por outras causas
e oito (6,1%) perderam o seguimento. Conclusão: Até o momento, não existe um estudo
randomizado e controlado para avaliar o potencial benefício na sobrevida da linfadenectomia
inguinal associada a pélvica em comparação com a linfadenectomia inguinal isolada.

Avaliação da ação médico-odontológica no tratamento oncológico em pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço

A cavidade oral é uma região anatômica de ocorrência de neoplasias malignas, cujo tratamento é
dado por cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia determinando complicações como: dor, alteração
da forma e da função, mucosite, alteração de paladar, xerostomia, candidíase, infecções e osteorradionecrose.
Objetivo: Avaliar a ação médico-odontológica em relação aos cuidados de tratamento
oncológico de pacientes portadores de câncer de cabeça e pescoço. Metodologia: Baseou-se no
estudo prospectivo de 40 pacientes com neoplasia maligna de cabeça e pescoço, admitidos pelo Departamento
de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Otorrinolaringologia e Cirurgia Bucomaxilofacial
do Hospital Heliópolis, São Paulo, com intenção de tratamento curativo, no período de abril a
setembro de 2010. A avaliação foi realizada em três etapas: pré-trans e pós-tratamento de radioquimioterapia.
Resultados: Assim, dos 40 pacientes destaca-se que 23 (57,5%) não-brancos,
cuja idade variou de 30 a 80 anos, (média de 56,1 anos), sendo que 31 (77,5%) eram do gênero
masculino. Agrupados por região de naturalidade, 55% das regiões Norte e Nordeste. A análise de
hábitos mostrou que 32 (80%) pacientes eram tabagistas e 8 (20%) não-tabagistas. Em relação
ao etilismo ativo, 28 (70%) pacientes e, 12 (30%) declararam que não ingerem bebidas alcoólicas.
No D(0), 34 (85%) não apresentaram mucosite; 36 (90%) não apresentaram candidose;
37 (92,5%) não apresentaram xerostomia. No D(15), 8 (20%) apresentaram mucosite; 18
(45%) apresentaram candidose; 12 (30%) apresentaram xerostomia. No D(30), 33( 82,5%)
não apresentaram mucosite, e, ainda, 12 (30%) apresentaram candidose; já, 28 (70%) apresentaram
xerostomia. Conclusão: O médico e o cirurgião-dentista desempenham papel importante
no atendimento de pacientes oncológicos de cabeça e pescoço, pois com frequência são responsáveis
pelo diagnóstico inicial dos pára-efeitos do tratamento, minimizando estes eventos e contribuindo
com uma melhor qualidade de vida.

Schwannoma gástrico: relato de caso

Os tumores mesenquimais gastrointestinais são um grupo de tumores originados a partir de células-
-tronco mesenquimais do trato gastrointestinal, consistindo de tumores estromais gastrointestinais
(GIST), leiomiomas ou leiomiossarcomas ou schwannomas. Schwannoma gástrico é um tumor
gastrointestinal mesenquimal muito raro, que representa apenas 0,2% de todos os tumores gástricos
e 4% de todas neoplasias gástricas benignas. Nós reportamos caso de uma mulher de 60 anos de
idade, que sofreu com dor epigástrica, evoluindo com hematêmese e melena. O exame endoscópico
mostrou um tumor submucoso com uma ulceração central no corpo do estômago. Ressecção cirúrgica
do tumor foi realizada. O exame anatomopatológico revelou um quadro de tumor de células fusiformes
que foi fortemente positiva para proteína S-100 mancha, Vimentina e CD99

Relato de caso: radioterapia adjuvante por PNET glândula adrenal

Tumor neuroectodérmico primitivo (PNET) de glândula adrenal é extremamente raro, agressivo
e de prognóstico desfavorável. Não há mais do que 16 casos descritos nas literatura. Neste artigo,
os autores relatam o caso de um paciente do sexo feminino, 51 anos, submetida à nefrectomia
ampliada à esquerda, com diagnóstico confirmado com imuno-histoquímica. Na sequência, foi
submetida à quimioterapia e encaminhada ao Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba, para
avaliar radioterapia adjuvante, recebendo 50,4Gy em leito cirúrgico. Até o momento a paciente
encontra-se bem e sem sinais de recidiva.

Adenocarcinoma de transição esofagogástrica: um relato de caso de resposta completa a tratamento

É elevada a mortalidade relacionada aos tumores avançados do trato do gastrintestinal alto.
Mesmo com o uso de esquemas quimioterápicos com três drogas ou à associação de quimioterapia
com radioterapia, as taxas de resposta clínica mostram-se reduzidas. Apresentamos um caso
incomum de resposta completa de adenocarcinoma metastático de transição esofagogástrica ao uso
de fluouracil e cisplatina com radioterapia não concomitante

Diagnóstico de melanoma por espectroscopia Raman

O diagnóstico precoce no melanoma é de fundamental importância para o seu tratamento. Quanto
mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura do paciente. O padrão ouro atual no seu
diagnóstico é o exame anatomopatológico, que é um exame morfológico e interpretativo, e portanto,
subjetivo. Pesquisas atuais procuram um exame que seja em tempo real, não destrutivo e objetivo.
A espectroscopia Raman tem estas características. Através de três trabalhos, sendo dois de mestrado
e um de doutorado, do Programa de Pós Graduação de Cirurgia Plástica da UNIFESP, usando
a espectroscopia Raman, procuramos diferenciar melanoma, nevos pigmentados e pele normal,
como também diferenciar melanoma primário de melanoma metastático. Foram coletadas biópsias
de melanoma, pele normal e nevos, congeladas em nitrogênio líquido, para serem analisadas no
equipamento FT-Raman Spectrometer RFS100 da Bruker ®, no Laboratório de Espectroscopia
da UNIVAP. A análise de cada componente molecular dos tecidos analisados mostra diferentes
espectros, que foram comparados com os espectros de pele normal já padronizados na literatura. A
comparação entre estes diferentes espectros nos possibilitou diferenciar os tecidos analisados.