Apesar do câncer de esôfago configurar entre as dez neoplasias mais frequentes, muitas vezes seu
diagnóstico é tardio, resultando em taxas de sobrevida muito baixas. Objetivos: Avaliar em
pacientes portadores de carcinoma de esôfago, a frequência dos principais fatores prognósticos;
como também o impacto da imunoexpressão do Ki67 nas taxas de sobrevida e sua associação
com os fatores clínicos e anatomopatológicos. Metodologia: Análise retrospectiva de 18 casos
de câncer epidermoide de esôfago submetidos a tratamento cirúrgico do tumor primário no período
de 2005 a 2011. Para considerar a expressão imunoistoquímica de Ki67, utilizamos a mediana
como cut-off. Resultados: Disfagia foi o sintoma mais frequente e presente em 10 pacientes
(55,6%). Todos os pacientes foram submetidos a esofagectomia transhiatal mediastinal. Em
relação à sobrevida global, pacientes portadores de Ki67 hipoexpressão tiveram taxas de sobrevida
de 77,2% em dois anos, ao passo que pacientes portadores de hiperexpressão IIQ de Ki67
apresentaram taxas de 33,3% em dois anos (p=0,154). Não houve associação estatisticamente
significativa entre a presença de hiperexpressão imunoistoquímica de Ki67 e os principais fatores
prognósticos. Conclusão: Predominaram pacientes sintomáticos ao diagnóstico e portadores
de Ki67 hipoexpresso, notando-se maiores taxas de sobrevida para os pacientes portadores de Ki-
67 hipoexpresso. Não houve associação entre a imunoexpressão de Ki67 e os principais fatores
prognósticos utilizados no câncer de esôfago.