O câncer de próstata é a segunda causa mais comum de morte por câncer. O tratamento mais
utilizado é a prostatectomia radical, que pode trazer morbidades pós-operatórias (impotência
e incontinência). Nosso objetivo é avaliar morbidade pós-operatória, recidiva e sobrevida
dos pacientes submetidos à prostatectomia radical em um período de 10 anos no Hospital
Erasto Gaertner. Foram incluídos 160 pacientes submetidos à prostatectomia radical exclusiva
entre 1997 e 2006. A média de idade foi 64,75 anos. O PSA médio pré-tratamento
foi 12,1 ng/dl. O Escore de Gleason mais encontrado para biópsia e peça cirúrgica foi 6.
O estádio mais frequente foi T2c (30,6%). A taxa de impotência foi 16% e incontinência
foi 53,9%. A taxa de cura foi de 84,4%. A sobrevida global em 5 anos foi de 93,2% e a
livre de doença 91,8%. A cirurgia foi adequada para o tratamento do tumor nos pacientes.
Complicações estavam dentro dos níveis aceitos para a literatura. A sobrevida foi alta e os
fatores a ela relacionados exerceram influência após 5 anos de acompanhamento.