O câncer de colo uterino apresenta alta chance de cura, embora seja considerado grave problema
de saúde pública. Justificativa: Inexistênica de levantamento epidemiológico abordando esse
tema numa região onde existe um Centro de Alta Complexidade para tratamento oncológico.
Objetivos: descrever e analisar variáveis relacionadas à população atendida com esta
neoplasia, diagnóstico, clínica e tratamento. Método: Estudo documental descritivo,
transversal, retrospectivo de 427 prontuários de mulheres com câncer de colo uterino atendidos
no UOHMC, num período de 10 anos. Os dados foram representados por valores absolutos,
percentagens e média, utilizou-se o software Epi-info 6.04d (CDC, 2001). Resultados:
50,1% apresentou idade entre 24 e 59 anos, 70% residia no Vale do Aço. A maioria (93,4%)
apresentou corrimento vaginal (93,4%) e a minoria dispareunia (3,5%). 85,7% dos prontuários
continha resultado de biópsia sendo o carcinoma epidermoide diagnosticado em 75,64%. O
tratamento mais realizado foi cirúrgico (65,33%). Persistência da doença foi encontrada em
49,88% e metástases em 39,81%. Dentre os óbitos, 37,35% foram relacionados à doença.
Conclusão: O elevado percentual de casos avançados aliado à caracterização da população
servem de esteio para a implementação e consolidação de políticas públicas para fins de redução
da incidência e mortalidade devido ao câncer de colo de útero na região.