O câncer de traqueia corresponde a 0,2% das neoplasias malignas do trato respiratório e apenas
0,02-0,04% de todos os tumores malignos. A localização mais frequente é no terço inferior da
traqueia. O acometimento da carina é raro e denota pior prognóstico. Relato de caso: JRG,
masculino, 47 anos, ex-tabagista. Queixa de súbita dispneia, acompanhada de tosse e episódios
de síncope. Realizada broncoscopia que evidenciou lesão exofítica traqueal justaposta à carina.
As biópsias destas lesões apresentaram carcinoma espinocelular “in situ”. Optou-se por tratamento
quimioterápico neoadjuvante e posteriormente toracotomia póstero-lateral direita para
exérese de tumor de carina traqueal e reconstrução com anastomose dos brônquio-fontes na traqueia.
A última broncoscopia não apresentou sinais de recidiva. Conclusão: O conhecimento
dos sinais de alerta é fundamental para o diagnóstico precoce, que se faz necessário para uma
boa resposta ao tratamento, influenciando diretamente na sobrevida e prognóstico desses pacientes.