Introdução: Tumores estromais gastrointestinais (GISTs) são os tumores mesenquimais
mais frequentes do trato gastro intestinal, sendo o estômago o local mais
comum com 65% dos casos. O surgimento de uma mutação no proto oncogene que
codifica a proteína quinase (KIT) ou o fator de crescimento derivado de plaquetas
(PDGFRA)2, é o ponto central na gênese dessas neoplasias. No cenário de doença
metastática o mesilato de Imatinibe (IM)5 é a principal terapia, este age inibindo
do receptor de tirosina quinase que bloqueia a auto fosforilação do oncogene KIT.
No entanto, é frequente o surgimento de fenômenos de resistência em quase todos
os pacientes num período de até 4 anos6-7. Diante disso, muitos centros adicionam
a cirurgia citorredutora como modalidade terapêutica. Objetivo: Demostrar
a importância do tratamento multimodal em GIST’s metastáticos ou localmente
avançados e o papel da cirurgia nesse contexto enfatizando o momento adequado
para a realização da mesma e a importância da escolha adequada dos pacientes.
Método: Trata-se de uma revisão de literatura baseada na central PUBMED nos
últimos 10 anos. Ao fim da análise 26 papers foram considerados. Resultados: O
IM permanece como tratamento de primeira linha para pacientes com tumores
metastáticos, e seu uso dever ser de, no mínimo, 3-6 meses antes da cirurgia que
dever ser realizada ao redor do 1° ano da terapia. Conclusão: Quando indicada,
a cirurgia deve ser realizada no momento de melhor resposta ao IM, tanto para
doença metastática quanto num cenário neoadjuvante.