RESUMO:
Introdução: Os tumores fibrosos solitários (TFS) são neoplasias fibroblásticas raras,
cuja localização anatômica mais comum é a pleura. Quanto à imunohistoquímica,
o Antígeno Progenitor Celular Hematopoiético CD34 tem uma taxa de expressão
de 79% nesses tumores, e o Transdutor e Ativador de Sinal da Transcrição 6 tem
uma taxa de expressão de 98%. Complicações de TFS torácicos incluem recidiva
local, invasão do parênquima pulmonar, disseminação através da parede torácica e
cavidade, e disseminação extratorácica.
Relato de Caso: Paciente do sexo femino de 74 anos, exposta ao fumo passivo
há mais de 40 anos, foi diagnosticada com um TFS na pleura esquerda em 2006,
e foi submetida a uma ressecçao cirúrgica. Em 2017 houve recidiva tumoral, com
invasão do lobo inferior do pulmão esquerdo e de um gânglio linfático mediastinal,
e a paciente foi novamente submetida à cirurgia. Em 2018, exame tomográfico
evidenciou um novo tumor na base do hemitórax esquerdo, com acometimento de
nódulos linfáticos paravertebrais. Análise imuno-histoquímica classificou o tumor
como positivo para CD-34, BCL-2 (gene regulador de apoptose em linfócitos B), e KI-67
(gene marcador de proliferação 67). Em 2019, outro nódulo no lobo pulmonar inferior
direito foi classificado como TFS maligno, com um perfil imuno-histoquímico distinto.
Conclusão: O TFS ainda é um desafio na clínica oncológica. A falta de variabilidade
nas modalidades de tratamento deixa os pacientes mais susceptíveis a recidivas e
cirurgias adicionais, aumentando a morbi-mortalidade. Pesquisas focadas na análise
imunohistoquímica dos TFS podem ajudar a caracterizar esse tumor, levando a um
melhor manejo clínico.