Mucosite oral induzida por quimioterapia
Os pacientes oncológicos têm nos quimioterápicos um tratamento de extrema importância
para cura da doença ou aumento de sobrevida. Embora a cada dia a evolução destas drogas
contribuam para a redução dos efeitos colaterais, estes ainda são importantes e sem tratamento
de suporte podem influir diretamente na qualidade de vida destes pacientes. Podemos
citar como efeitos colaterais mais comuns, a alopécia, náusea, diarreia ou prisão de ventre,
pancitopenia, cardiotoxicidade, nefrotoxicidade e hepatotoxicidade. Na cavidade oral temos
xerostomia, infecções oportunistas, sangramento gengival e mucosite oral, objeto do presente
estudo. A mucosite oral é uma reação tóxico-inflamatória dos tecidos da boca por exposição
à quimioterapia e ou radioterapia e varia desde um eritema difuso até a formação de grandes
úlceras, normalmente localizadas em regiões não queratinizadas da mucosa e é causa de
sintomatologia importante, dificuldade de falar, alimentar-se, além de servir como porta de
entrada de patógenos da cavidade oral na corrente sanguínea em um paciente possivelmente
neutropênico. O objetivo do artigo é propor um estudo aprofundado deste efeito colateral além
de propor ações de prevenção e tratamentos para minimizá-lo.
Hemangioendotelioma, Fígado, Hiperplasia nodular focal, Tratamento multimodal, Diagnóstico
Ao longo da História existiram aqueles que se tornaram precursores (notáveis que precedem outro
processo na ciência) do combate ao câncer. Objetivando não suprimir a memória da Cancerologia,
busca-se relatar sobre o médico e professor Mário Kröeff, considerado um iniciador do Instituto
Nacional do Câncer (INCA). Realizada uma breve revisão histórica na literatura médica.
Mário Kröeff nasceu no Rio Grande do Sul em 1891. Diplomado médico na turma de 1915,
na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, durante a primeira guerra mundial participou da
missão médica militar na França. Retornando ao Brasil, em 1920, inicia suas atividades na
Saúde Pública, mais tarde em 1927 realiza a primeira operação de eletrocirurgia em um caso de
câncer e torna-se Livre Docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil em 1929.
Encontra-se citado como um dos criadores do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e da Sociedade
Brasileira de Cancerologia, sendo eleito para Academia Nacional de Medicina. Empenhou-se
para criação do Centro de Cancerologia em 1938 que fora convertido em Serviço Nacional de
Câncer (1941) e com qual permaneceu até 1954. Também colaborou com a criação do asilo da
penha e da Associação Brasileira de Assistência aos Cancerosos. Mantendo fidelidade aos seus
princípios até os 92 anos, quando faleceu em Vassouras (1983). Conforme Teixeira e Fonseca
(2007): “Se a ciência nacional, e em particular a medicina, tem em Oswaldo Cruz a seu principal
símbolo, a cancerologia tem em Mário Kröeff um personagem do mesmo quilate”.
Abordagem multimodal para tratamento curativo de hemangioendotelioma hepático infantil
Introdução: Os autores relatam um caso de hemangioendotelioma hepático infantil abordando
as nuances do diagnóstico e do tratamento curativo.
Relato de Caso: Paciente feminino, três anos, hígida. Apresentou massa palpável em hipocôndrio
direito ao exame físico. Exames de imagem sugeriram neoplasia hepática. Após duas biópsias
negativas, o diagnóstico foi estabelecido baseado nos padrões imaginológicos.
Conclusão: O tratamento multimodal foi indicado com base na literatura atual e incluiu quimioterapia
seguida de cirurgia.
Câncer do esôfago: evolução favorável após tratamento paliativo
Os autores relatam o caso de um paciente masculino portador de carcinoma do esôfago,
com indicação de esofagectomia. O paciente não apresentava condições clínicas compatíveis
para este procedimento e foi submetido a tratamento paliativo. A evolução do mesmo
foi surpreendente, com remissão da disfagia e regressão total do tumor após 5 anos de
seguimento.
Carcinoma epidermoide de couro cabeludo e a disseminação linfonodal periparotídea e no pescoço
Introdução: Os autores relatam um caso de hemangioendotelioma hepático infantil abordando
as nuances do diagnóstico e do tratamento curativo. Relato de Caso: Paciente
feminino, três anos, hígida. Apresentou massa palpável em hipocôndrio direito ao exame físico.
Exames de imagem sugeriram neoplasia hepática. Após duas biópsias negativas, o diagnóstico
foi estabelecido baseado nos padrões imaginológicos. Conclusão: O tratamento multimodal
foi indicado com base na literatura atual e incluiu quimioterapia seguida de cirurgia.
Análise da expressão imunoistoquímica de Ki67 em pacientes portadores de carcinoma epidermoide de esôfago
Apesar do câncer de esôfago configurar entre as dez neoplasias mais frequentes, muitas vezes seu
diagnóstico é tardio, resultando em taxas de sobrevida muito baixas. Objetivos: Avaliar em
pacientes portadores de carcinoma de esôfago, a frequência dos principais fatores prognósticos;
como também o impacto da imunoexpressão do Ki67 nas taxas de sobrevida e sua associação
com os fatores clínicos e anatomopatológicos. Metodologia: Análise retrospectiva de 18 casos
de câncer epidermoide de esôfago submetidos a tratamento cirúrgico do tumor primário no período
de 2005 a 2011. Para considerar a expressão imunoistoquímica de Ki67, utilizamos a mediana
como cut-off. Resultados: Disfagia foi o sintoma mais frequente e presente em 10 pacientes
(55,6%). Todos os pacientes foram submetidos a esofagectomia transhiatal mediastinal. Em
relação à sobrevida global, pacientes portadores de Ki67 hipoexpressão tiveram taxas de sobrevida
de 77,2% em dois anos, ao passo que pacientes portadores de hiperexpressão IIQ de Ki67
apresentaram taxas de 33,3% em dois anos (p=0,154). Não houve associação estatisticamente
significativa entre a presença de hiperexpressão imunoistoquímica de Ki67 e os principais fatores
prognósticos. Conclusão: Predominaram pacientes sintomáticos ao diagnóstico e portadores
de Ki67 hipoexpresso, notando-se maiores taxas de sobrevida para os pacientes portadores de Ki-
67 hipoexpresso. Não houve associação entre a imunoexpressão de Ki67 e os principais fatores
prognósticos utilizados no câncer de esôfago.
Avaliação do grau de instabilidade das neoplasias malignas vertebrais segundo o escore de instabilidade da coluna vertebral neoplásica
Objetivo: Identificar casos de risco para desenvolver compressão medular por instabilidade,
através de um sistema de escore, em pacientes com neoplasias malignas da coluna vertebral.
Método: Foram analisados prontuários e exames de imagem de 22 pacientes portadores de
neoplasia maligna vertebral. Ao diagnóstico do acometimento vertebral foi aplicado o escore de
instabilidade da coluna vertebral neoplásica (EICON) e as vértebras acometidas foram classificadas
de acordo com o escore total em estáveis (0 a 6), potencialmente instáveis (7 a12) e
instáveis (13 a 18). Foi feito a correlação entre o grau de instabilidade ao diagnóstico da lesão
vertebral com as funções neurológicas da medula espinhal 90 dias depois ou por ocasião do
óbito. Resultados: Três pacientes apresentavam estabilidade da coluna vertebral e quinze
eram potencialmente instáveis. Deste último grupo, um foi tratado com cirurgia e radioterapia
e dois, com radioterapia. Dezessete evoluíram sem sequelas neurológicas e um continuou com
paraparesia. Nos casos com escore total > 12, os quatro pacientes foram tratados com cirurgia
e ou radioterapia, entretanto, 50% evoluíram com lesão neurológica. Dos 18 doentes com escore
<12, 5,56% apresentaram défice neurológico posterior. Conclusão: Os doentes classificados
como instáveis pelo EICON apresentaram tendência a maior ocorrência de lesão neurológica.
Câncer gástrico: análise de 151 casos submetidos a gastrectomia em um hospital terciário
Objetivo: O presente estudo pretende retratar o perfil epidemiológico, clínico e cirúrgico dos
pacientes submetidos à gastrectomia por câncer gástrico, no período de 2005-2008, e comparar
com a literatura. Método: É este um estudo descritivo retrospectivo. De um total de 266 pacientes
com câncer gástrico foram selecionados 151 casos que foram submetidos a gastrectomia.
Os dados foram obtidos através de revisão de prontuários. As variáveis em análise dizem respeito
a características socioeconômico-culturais, cirurgia realizada, dados anatomopatológicos, classificação
TNM de 2002 e sobrevida. Resultados: A média de cirurgias anual foi de 37,75.
O sexo masculino perfaz dois terços do total. A média de idade foi de 59,6 anos. A localização
predominante foi o antro com 61,6%. Encontramos uma taxa de operabilidade de 56,7%, a
taxa de ressecabilidade foi de 95,3%. O estádio mais frequente foi o III A com 17,9%. A cirurgia
mais frequente foi a gastrectomia subtotal com reconstrução do tipo Bilroth II com 55%,
a linfadenectomia D2 foi realizada em 76,2% dos casos, estes tiveram uma sobrevida média de
38 meses comparado a 25,9 da linfadenectomia D1. A sobrevida global em dois e cinco anos
foi de 63% e 42%, respectivamente e o tempo médio desta foi de 36 meses. Conclusões:
O câncer gástrico ainda hoje permanece como um desafio, sendo que o melhor tratamento com
intenção curativa é a ressecção cirúrgica com linfadenectomia regional, sendo que a de eleição é a
D2 já que mostra benefícios na literatura.
Melanoma maligno de mucosa da região de cabeça e pescoço e de mucosa oral: frequência relativa e estudo de 20 anos no Departamento de Patologia do Hospital de Câncer de Pernambuco
Justificativa: O presente estudo justifica-se pela raridade e agressividade do melanoma maligno
mucoso. Objetivo: Verificar a frequência relativa do melanoma maligno de mucosa de
cabeça e pescoço e de cavidade oral e suas características clinicopatológicas. Método: Foram
selecionados para o estudo 08 casos de melanoma mucoso em cabeça e pescoço. As lâminas foram
analisadas quanto aos aspectos histopatológicos que interferem no prognóstico. Resultados:
Os 08 casos selecionados representaram um percentual de 0,90% de todos os melanomas encontrados.
Observou-se a predominância da lesão na faixa etária entre 51 e 60 anos e entre 71 e 80
anos, com a proporção de 1:1 entre os sexos. Os principais fatores prognósticos foram: morfologia
fusiforme, ulceração, espessura de Breslow: 4 a 8,3 mm; nível de invasão de Prasad II e III;
nível de Clark IV e V; índice mitótico: 01 a 08; infiltrado linfocitário intratumoral; infiltrado
inflamatório peritumoral; satélites microscópicos e linfonodos acometidos. Conclusões: O
melanoma maligno mucoso primário de cabeça e pescoço é uma enfermidade pouco. Não se constatou
diferença de prevalência entre gêneros. Houve maior ocorrência após a 5ª década de vida. A
região anatômica mais acometida foi o lábio superior. Houve maior frequência das características
associadas a um pior prognóstico.
Incidência de tromboembolismo venoso em pacientes com neoplasia maligna
A incidência de tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes com câncer é maior que na população
geral, sendo uma das maiores causa de morte nesses pacientes. Assim, o câncer vem sendo
considerado como um fator de risco independente para TEV. Esse risco parece variar de acordo
com diversos fatores, como o local do câncer, o tipo histológico e o estágio da doença. Diante disso,
neste trabalho foi realizado uma revisão sistemática sobre o tema, apresentando como critério
de exclusão estudos em que os pacientes tinham sofrido procedimento cirúrgico < 2 semanas.
Para avaliar a qualidade dos artigos foi feita uma avaliação através da escala de Newcastle-
-Ottawa para estudos coortes. Foram encontrados 786 artigos, dos quais foram selecionados
nove artigos, sendo cinco prospectivos e quatro retrospectivos. A incidência acumulativa de TEV
em 1 ano ficou em cerca de 7,0% em pacientes oncológicos nos trabalhos revisados. Pacientes
que apresentaram maior risco de desenvolver TEV foram tumores gastrintestinais, estágio avançado,
quimioterapia. Verificou-se, ainda, a relação da diminuição da hemoglobina e a elevação
de plaquetas e Proteína C-reativa com o TEV, além da Contagem de Células Tumorais ≥ 1.
Os resultados mostraram que pacientes com câncer apresentam um risco elevado de desenvolver
TEV, demonstrando uma taxa de incidência maior que na população geral. A incidência de
TEV deve estar subestimada nos estudos, pois os eventos assintomáticos não foram analisados. O
tromboembolismo venoso pode ser um possível indicador de prognóstico ruim já que parece ocorrer
mais em estágios avançados da doença. Foi verificado uma associação de quimioterápicos específicos,
que deve ser analisada com cuidado, sendo necessária uma melhor investigação sobre essa
associação através de novos estudos. As características encontradas neste estudo podem ajudar a
avaliar e a direcionar o uso de tromboprofilaxia nos pacientes com neoplasia maligna.