Introdução: o câncer corresponde à segunda principal causa de morte. O elevado número de pacientes
que irá apresentar progressão da doença, ou diagnóstico de neoplasia em estágio avançado, justifica
a importância dos cuidados paliativos. Objetivo: identificar o perfil epidemiológico, clínico e patológico
de pacientes portadores de neoplasia em estágio avançado, bem como as taxas de sobrevida global
de acordo com o tipo neoplásico. Métodos: análise retrospectiva de 30 pacientes portadores de neoplasia em estágio avançado e atendidos no período de 2009 a 2011. Dados epidemiológicos, clínicos e de sobrevida foram considerados. Resultados: predominaram pacientes do sexo masculino (60%),
sendo as neoplasias gastrointestinais as mais frequentes (53,3%). O tempo médio de seguimento foi de
3,4 meses. A dor foi o sintoma mais prevalente, presente em 60% dos pacientes. Nenhum paciente
referiu dores de intensidade grave. As menores taxas de sobrevida foram observadas entre os pacientes
portadores de neoplasias de cabeça e pescoço. Conclusão: o encaminhamento precoce dos pacientes
oncológicos aos cuidados paliativos e o adequado conhecimento do tratamento da dor, associados a
uma abordagem multidisciplinar, em contínua proximidade com o paciente, podem melhorar a sobrevida
e a qualidade de vida desses indivíduos.