O carcinoma escamocelular de cabeça e pescoço (CECCP) é considerado o sétimo tumor mais
comum no Brasil. A localização anatômica mais frequente é a cavidade oral, seguido de laringe
e faringe. É possível que a instabilidade de microssatélites (MSI) esteja envolvida no processo
carcinogênico e o conhecimento das mesmas pode auxiliar no prognóstico e diagnóstico da doença.
Desta forma, objetivou-se analisar quatro diferentes regiões microssatélites, para verificar a presença
de instabilidade de microssatélites e variação alélica nos CECCP. O DNA tumoral foi extraído e
amplificado pela Reação da Polimerase em Cadeia (PCR – Polymerase Chain Reaciton) e em
seguida visualizado em gel de poliacrilamida 15%, corado com nitrato de prata. Os marcadores
D3S1611, D5S346, D11S922 e D17S250 apresentaram padrão de fragmentos semelhantes
no tecido normal e tumoral. Apenas o marcador D3S1611 apresentou instabilidade em 15% dos
casos analisados. Os demais marcadores não apresentaram MSI, resultado que pode ser comparado
com estudos anteriores que indicam baixa incidência de MSI em casos CECCP (< de 1%).