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The Journal of the Brazilian Society of Cancerology

Revista 59

Qualidade de vida de pacientes em tratamento quimioterápico paliativo no sudoeste do Paraná

Froes, Carla Vanusa Silva; Rech, Cinthya Raquel Alba; Caponero, Ricardo

Melanocitoma epitelioide pigmentado: relato de caso de acometimento em criança

Ana Paula Drummond-Lage PhD; Isabela Gallizi Faé MD; Laura Nogueira MD; Luana Medeiros MD; Alberto Julius Alves Wainstein MD, PhD

O que os homens sabem sobre o câncer masculino?

Castelo, B.Q.L.; Mourão, T.C.; Santana, T.B.M.; Favaretto, R.L.; Oliveira, R.A.R.; Guimarães, G.C

Avaliação da qualidade de vida dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço

Marianne Yumi Nakai; Marcelo Benedito Menezes; Rodrigo Salmeron de Toledo Aguiar; Giuliana Olivi Tanaka; Natália Bianchi Rosa; Antonio José Gonçalves

Reavaliação dos índices de captação da tireoide com radioiodo-131 em Brasília

José Ulisses Manzzini Calegaro; Filipe Meireles Zica Manzzini Callegaro; Sung Hoon Bae

Aumento na incidência do câncer diferenciado de tireoide em Brasília – DF

José Ulisses Manzzini Calegaro; Paula Santini Ferreira Hungria; Gabriela El Haje Lobo; Sung Soon Bae

Tecnologia cuidativo-educacional para o tratamento oncológico de pacientes pediátricos: “Super Ação” em quadrinhos

Davi Gabriel Barbosa; Ana Carolina Campos Corrêa; Letícia Lima Branco; Paulo Afonso Santos Campelo; Luis Eduardo Werneck Carvalho

O desafio da Prevenção Básica do Câncer no Brasil

A André Perdicaris, Prof. Dr. TCBC,TSBC,FACS

Disseminação óssea metastática no carcinoma hepatocelular

Alex Guedes; André Ney Menezes Freire; Bruno Garcia Barreto; Fernando Delmonte Moreira; Enilton de Santana Ribeiro de Mattos; Aparecida Aguiar Lima Guedes

Leiomiossarcoma ósseo primário

Alex Guedes; André Ney Menezes Freire; Bruno Garcia Barreto; Fernando Delmonte Moreira; Enilton de Santana Ribeiro de Mattos; Aparecida Aguiar Lima Guedes

Novas perspectivas sobre ciclo e morte celular na carcinogênese

Isabella Portugal; Ricardo Guimarães Amaral;
Luciana Nalone Andrade; Sara Albuquerque dos Santos; Sandra Lauton Santos; Patrícia Severino; Sonia Jain; Luis Carlos de Abreu; Fernando Adami;
Luiz Eduardo Werneck de Carvalho

Tumor Fibroso Solitário Pleural Recorrente – Um Relato de Caso

Ramon Andrade de Mello; Bruno Antunes Braga; Giovanna Araujo Amaral; João Vittor Pires Luciano; Hakaru Tadokoro

Articles

Qualidade de vida de pacientes em tratamento quimioterápico paliativo no sudoeste do Paraná

RESUMO: Há muito tempo, o câncer é considerado um problema de saúde pública, principalmente em países em desenvolvimento. Considerando o caráter epidemiológico do câncer nos últimos anos, bem como sua evolução a status de doença crônica, devido ao progresso da terapêutica curativa e paliativa, tornase necessário proporcionar ao paciente doente estratégias para a manutenção e melhora da sua qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de pacientes em tratamento quimioterápico paliativo. Metodologia: Estudo transversal prospectivo com setenta e cinco (75) pacientes de ambos os sexos, em tratamento quimioterápico paliativo que pesquisou a qualidade de vida relatada avaliada pelo EORTC QLQ-C30. Resultados: A amostra foi predominantemente feminina (72,00%), com pacientes casadas (73,33%), com idade média de 61,09 ±13,10 anos. O câncer de mama mostrou-se o mais frequente (28,01%) em estadiamento acima de 3 (78,66%), além de 72,01% da amostra já apresentar metástases ao diagnóstico. O Score de Saúde Global foi de 68,00%, enquanto 58,67% da amostra apresentava EP- KPS de 80%. A função laboral é a que possui maior influência sobre a capacidade funcional (R=0,515; p=0,000; Beta=-0,515). Conclusões: Atualmente, a dupla quimioterapia paliativa e tratamentos de suporte prevalecem na escolha do tratamento a cânceres incuráveis. E são nessas prerrogativas que os profissionais precisam entender que o cuidado paliativo é parte do importante suporte que a equipe de saúde deve oferecer ao paciente e à sua família. A implementação de um cuidado paliativo eficiente favorece o alívio dos impactos deletérios que a progressão da doença traz.

Melanocitoma epitelioide pigmentado: relato de caso de acometimento em criança

Introdução: Melanocitoma epitelioide pigmentado (MEP) é um grupo de tumores derivado de melanócitos que acomete majoritariamente pacientes jovens. Relato de caso: Menino de cinco anos apresentou lesão melanocítica de crescimento lento. Realizada biópsia excisional que revelou aspecto histopatológico de MEP de baixo grau e margens livres. Após três meses de acompanhamento, ultrassonografia cervical evidenciou presença de imagens nodulares hipoecoicas bilateralmente. Realizada biópsia de linfonodo sentinela que apresentou resultado negativo. Discussão: MEP é constituído por nódulo de coloração enegrecida, bordas irregulares e superfície rugosa, podendo apresentar dificuldade no diagnóstico. Conclusão: Exérese cirúrgica da lesão é o tratamento de escolha para MEP. Apesar de o tumor apresentar baixa incidência de metástases à distância, exames seriados são necessários para verificar recorrência tumoral.

O que os homens sabem sobre o câncer masculino?

Introdução: As neoplasias urológicas estão entre as mais prevalentes dos homens brasileiros, sendo que o câncer de próstata é o mais comum com incidência de 29,2%. O domínio da informação pelos pacientes é fundamental para que haja um diagnóstico precoce e melhore a qualidade tratamento do câncer. Justificativa e Objetivos: Avaliar conhecimento dos homens brasileiros sobre os cânceres de próstata, pênis, bexiga e testículo. Métodos: Estudo descritivo, quantitativo e transversal por meio de um questionário online e autoaplicável, avaliando 265 participantes do sexo masculino. Resultados: A maioria dos entrevistados, 56,6%, tinham mais de 45 anos. 64,5% têm, pelo menos, ensino superior completo. 73,1% disseram conhecer um familiar ou amigo diagnosticado com câncer urológico, sendo o câncer de próstata, 84%. Em caso de diagnóstico de câncer, o que os deixaria mais preocupados é o medo de morrer (55%). 93% sabem que o exame PSA associado ao toque retal são fundamentais para o diagnóstico precoce. Quanto ao câncer de pênis, 47% não sabem ou disseram ser falso que o vírus HPV pode ter relação com a doença. Conclusão: O conhecimento dessa população sobre o câncer masculino é satisfatório. Porém, ainda há muito o que melhorar, com foco em educação em saúde e ênfase em medidas preventivas, principalmente em relação aos cânceres de testículo e pênis.

Avaliação da qualidade de vida dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço

Introdução: O câncer de cabeça e pescoço possui grande impacto na qualidade de vida dos pacientes. Prejudica funções importantes como respiração, fonação e deglutição e geralmente estão em local visível. Conhecer os aspectos mais afetados na qualidade de vida dos paciente auxilia a escolha do melhor tratamento, a abordagem pré operatória, a otimização da terapêutica multidisciplinar e aumenta a adesão desse paciente ao seu tratamento melhorando sua reabilitação e qualidade de vida. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos pacientes com carcinoma espinocelular (CEC) de cabeça e pescoço tratados e em seguimento em serviço de referência. Casuística e Métodos: Analisados um total de 59 pacientes, sendo 17 com sítio primário na boca, 32 na laringe, oito na orofaringe e dois com tumor primário oculto. A qualidade de vida foi avaliada com a utilização dos questionários EORTC C30 e H&N35. Resultados: Na avaliação do questionário C30 o domínio emocional e cognitivo foram os mais prejudicados. O escore global de qualidade de vida foi de 75. Os sítios que apresentaram menor qualidade de vida foram orofaringe e tumor primário oculto. Na avaliação dos sintomas pelo H&N35 xerostomia e saliva grossa foram os sintomas mais frequentes. Conclusão: O câncer de cabeça e pescoço continua a ser uma doença de alto impacto na qualidade de vida dos pacientes especialmente no domínio emocional e no sítio de orofaringe.

Reavaliação dos índices de captação da tireoide com radioiodo-131 em Brasília

Objetivo: Avaliar os índices de captação tireoidiana de radioiodo-131 na região de Brasília e compará-los à série histórica. Material e Métodos: Foram estudados retrospectivamente 42 pacientes, 37 do sexo feminino e 5 do masculino, com idade média=33,2±14,7 anos (variando de 3 a 65 anos), atendidos no ambulatório de Endocrinologia do Hospital de Base na década de 1990. O teste de captação foi determinado 24h após administração oral de 0,37 MBq (10 μCi) de iodeto de sódio- 131I. A glândula tireoide foi aferida pelo exame clínico e dosagens séricas por radioimunoensaio de: T3 (normal de 80-200 ng/dL), T4 (normal de 4,5-12,5 μcg/dL) e TSH (normal de 0,5-5,0 μUI/mL). A análise estatística empregou o qui-quadrado (p>0,05). Resultados: A captação em 24h resultou 22,2±6,5% (variação entre 9,3 e 35,1%); T3=132,22±32,01ng/dL (variação entre 80-200ng/dL); T4=8,07±1,54μcg/dL (variação entre 5,4-11,50μcg/dL); TSH=1.87±1.07μUI/mL (variação entre 0,7 -4,0μUI/mL). O índice de captação normal do radioiodo-131 adotado em Brasília para 24h, na década de 1960, variava entre 20% e 76%. A iodação obrigatória por legislação no sal de cozinha, mais rigorosa nas décadas seguintes, pode estar relacionada à diminuição dos valores de captação tireoidiana do radioiodo. Conclusão: A faixa de variação normal da captação do 131I em 24h situou-se entre 9-35%. Esses valores são menores que a série histórica, provavelmente refletindo a maior oferta de iodo na alimentação do Distrito Federal. Mostram importância no tratamento de hipertireoidismo e câncer diferenciado da tiróideo.

Aumento na incidência do câncer diferenciado de tireoide em Brasília – DF

Objetivo: Avaliar a incidência do câncer diferenciado de tireoide (CDT) no Distrito Federal. Métodos: Foram avaliados o sexo e as incidências anuais por 100.000 habitantes em 572 pacientes entre 1984 e 2005, com carcinoma papilar e folicular. Foi estabelecida a proporção de carcinoma papilar e folicular nas décadas de 1990 e 2000. Foi avaliado tamanho dos nódulos tireoideanos por ultrassom, entre 1995 e 2009. Resultados: Houve 499 casos do sexo feminino e 73 masculinos: idade média de 45,5 anos, sendo de 42,7anos no feminino e 48,4 anos no masculino. A incidência do CDT variou entre 0,35 casos/100.000 habitantes (1984) até 3,0 casos/100.000 habitantes (2005). Na década de 1990 houve o registro de 172 pacientes com CDT, sendo 113 de papilar e 59 de folicular (65,7% de papilares, 34,3% de foliculares); na década de 2000, o registro passou de 563 papilares a 75 de foliculares (89% papilares, 11% foliculares). O tamanho médio dos nódulos variou de 33mm em 1995 para 19mm em 2009. Conclusão: Houve aumento na incidência do CDT por incremento do carcinoma papilar, enquanto o folicular se manteve estável. As causas são a melhora da acurácia diagnóstica da tireoide e o excesso de oferta do iodo na dieta da população constatado por inquéritos do Ministério da Saúde.

Tecnologia cuidativo-educacional para o tratamento oncológico de pacientes
pediátricos: “Super Ação” em quadrinhos

Câncer caracteriza-se como o conjunto de 100 diferentes tipos de doenças malignas que são representadas pelo crescimento desordenado de células que possuem a capacidade de invadir tecidos adjacentes e à distância (INCA, 2020). Atualmente, essa doença é a segunda causa de morte por adoecimento e varia sua morbimortalidade entre países de acordo com nível socioeconômico e da exposição a fatores de risco relativos a condições sociais e ao estilo de vida (SILVA, 2020). Para o Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022 aponta que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer (INCA, 2020).

O desafio da Prevenção Básica do Câncer no Brasil

O artigo apresenta uma análise inicial crítica sobre a formação e a prática curricular do conhecimento sobre o câncer, dos acadêmicos de medicina através dos seus currículos e, por conseguinte, dos profissionais recém-formados não especialistas, na sua capacitação para incorpora los nas ações educacionais, quanto a prevenção primária da doença. As vantagens desta prevenção básica e as suas repercussões sobre a SV, QV e nos custos terapêuticos deverão ser os resultados desses princípios, além da biologia, na busca de uma visão social do câncer, cumprindo os objetivos regimentais da SBC – Sociedade Brasileira de Cancerologia.

Disseminação óssea metastática no carcinoma hepatocelular

A melhoria considerável nas metodologias diagnósticas e terapêuticas permitiram aumentar e melhorar a qualidade de sobrevida dos pacientes portadores de carcinoma hepatocelular. Metástases extra-hepáticas ósseas, antes pouco diagnosticadas por conta do prognóstico reservado para esta patologia, passaram a sê-lo com maior frequência, demandando maior entendimento sobre a apresentação clínica, os fatores prognósticos e o tratamento destas lesões.

Leiomiossarcoma ósseo primário

O leiomiossarcoma ósseo primário constitui neoplasia maligna rara que acomete pacientes de meia idade. Costuma apresentar comportamento biológico agressivo, alto grau histológico e potencial para o desenvolvimento precoce de metástases. Estas características tornam importante o seu estudo, buscando identificar fatores prognósticos e melhores opções de tratamento.